terça-feira, 25 de maio de 2010

Diários de Motocicleta

O longa de Walter Salles mostra a viagem de autodescobrimento que Ernesto Guevara e seu amigo, Alberto Granado, fizeram pela América Latina na década de 50. Trata-se de um road movie movido a sentimentos, um deleite para o espectador. A direção conscienciosa de Salles somada à interpretação impecável do ator mexicano Gael Garcia Bernal resultaram numa personificação humanizada do jovem Guevara, na época apenas um rapaz de 23 anos como qualquer outro, de espírito inquieto, mas ainda não voltado para as causas revolucionárias que escreveram seu nome na História.

Mostrar o amadurecimento pessoal do jovem Guevara sem apelar para soluções fáceis, de forma sutil, com ritmo e cadência, é um dos grandes méritos de Diários de Motocicleta. Walter Salles teve a sensibilidade e a humildade de interferir o mínimo necessário numa história que falava muito por si mesma. Optou por contemplá-la, moldá-la como filme, abstendo-se de impor um toque autoral. Já Gael Garcia Bernal, apesar da pouca idade, atua como um veterano: sem pressa, seguro, com uma naturalidade que impressiona.

Diários de Motocicleta pode ser considerado o melhor filme de Salles, o mais maduro em sua filmografia.

Dica de filme

No dia 25 de maio é o dia da indústria, máquina propulsora do desenvolvimento tecnológico e econômico de um país, retratada diversas vezes no cinema. A Programadora Brasil selecionou entre seu acervo algumas sugestões para esta data.

O documentário “Chapeleiros” de Adrian Cooper, filmado em Campinas, numa fábrica de chapéus, focaliza as relações de trabalho de maneira poética e particular para a filmografia nacional dedicada ao movimento operário.
Classificação indicativa: Livre

O documentário “Arraial do Cabo”, de Mario Carneiro e Paulo César Saraceni mostra as transformações sociais e as interferências nas formas primitivas de vida de pescadores do vilarejo de Arraial do Cabo, no litoral do Estado do Rio de Janeiro. Os modos tradicionais de produção se chocam com os problemas da industrialização.
Classificação indicativa: Livre

A ficção “São Paulo Sociedade Anônima”, de Luiz Sérgio Person, é um grande painel sobre o impacto das transformações sociais e econômicas na cidade de São Paulo provocadas pelo surto da implantação da indústria automobilística no Brasil, sob a ótica de um indivíduo em ascensão. Após casar-se, ter amantes e progredir socialmente, unindo-se a um empresário do setor automobilístico, ele entra em crise e tenta abandonar sua carreira e sua vida conjugal.
Classificação indicativa: 12 anos

O documentário Delmiro Gouveia: O Homem e a Terra”, de Geraldo Sarno, aborda aspectos da vida e obra do nordestino Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, natural do Ceará. Seu trabalho é pioneiro em Alagoas, iniciando a revolução industrial e hidráulica, ou planificando a eletrificação da região com o aproveitamento da força motriz da Cachoeira de Paulo Afonso.
Classificação indicativa: 12 anos


Aproveitem e boa diversão!

domingo, 23 de maio de 2010

Dia 27 de maio no Cineclube Nosso Tempo

Curta: BMW Vermelho, de Reinaldo Pinheiro e Edu Ramos (2001).Duração: 22 min
Sinopse:Um operário desempregado, morador de uma favela em São Paulo, ganha um carro importado num concurso: um BMW vermelho, zero quilômetro. Sua vida, que já era difícil, fica ainda mais complicada.

Longa: Diários de Motocicleta, de Walter Salles. Com Gael García Bernal , Susana Lanteri , Mía Maestro , Mercedes Morán , Jean Pierre Nohen Duração: 128 min
Sinopse: Che Guevara (Gael García Bernal) era um jovem estudante de Medicana que, em 1952, decide viajar pela América do Sul com seu amigo Alberto Granado (Rodrigo de la Serna). A viagem é realizada em uma moto, que acaba quebrando após 8 meses. Eles então passam a seguir viagem através de caronas e caminhadas, sempre conhecendo novos lugares. Porém, quando chegam a Machu Pichu, a dupla conhece uma colônia de leprosos e passam a questionar a validade do progresso econômico da região, que privilegia apenas uma pequena parte da população.

Endereço: Teatro Armando Gonzaga - AV. General Oswaldo Cordeiro de Faria, 511, Marechal Hermes. (Tel.: 2332-1040)
Horário: 19h30

Classificação Indicativa: 14 anos
Entrada franca

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Dica de filme

O dia 21 de maio é o Dia da Língua Nacional. A utilização da língua nacional corresponde a um direito fundamental das pessoas que integram qualquer comunidade nacional. No cinema, é possível acompanhar ao longo dos anos a mudança da linguagem oral. 

Para esta data o Cineclube Nosso Tempo e a Programadora Brasil indicam o documentário “Assaltaram a Gramática”, de Ana Maria Magalhães. Antecipando a linguagem do videoclipe o documentário traça o perfil dos poetas Francisco Alvim, Paulo Leminski, Waly Salomão e Chacal por meio de poemas e textos expressivos, apresentando-os de forma ficcional e performática.

Bom filme!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Juventude em marcha (Rodrigo de Oliveira)

Quando foi lançado, O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas pairava como um objeto não facilmente identificável sobre a cinematografia brasileira. Reconhecíamos no filme de depoimentos e na reverberação político-social dos dramas pessoais alguma coisa de Eduardo Coutinho e, no corpo-a-corpo com a realidade mundo-cão do banditismo urbano, outro tanto do trabalho de Octávio Bezerra em Uma Avenida Chamada Brasil. Mas havia ali uma pulsação diferente.
A apresentação ao ambiente periférico onde vivem o matador Helinho e o músico Alexandre Garnizé não se dá pela exibição distanciada de uma paisagem. A primeira seqüência apresenta um ponto de vista, que é o do próprio filme, à medida que a câmera corre pelos becos de um bairro pobre. É uma câmera que respira, ofegante, que produz ruído de passos pela rua. Mais que um filme sobre o estado da juventude recifense (e brasileira) na virada do século 21, O Rap do Pequeno Príncipe é, ele mesmo, personagem desta história – também jovem, também perdido em becos sem saída.
No filme de Paulo Caldas e Marcelo Luna, a figura do adulto aparece sempre investida de algum constrangimento. O delegado da cidade demonstra franca perplexidade diante da escalada de violência. A mãe do bandido, por medo de exposição, nunca é mostrada de rosto inteiro. O radialista não disfarça sua demagogia sensacionalista. Essa juventude de O Rap do Pequeno Príncipe assumiu para si a tarefa de remediar um mundo que vê como doente, e não é o peso da maturidade ou a experiência acumulada nos anos que explicará as bases em que esta nova geração está se construindo.
Nesse sentido, a presença do rap no filme é significativa. Ainda que possa ecoar no passado (casa-se perfeitamente à tradicional embolada, como diz Garnizé), o rap é uma peça do agora, instrumento primeiro, e mais eficiente, da manifestação dessa juventude. Uma pequena digressão do filme, saindo do movimento hip-hop recifense para encontrar os Racionais MCs, em São Paulo, revelará o impacto da presença desta nova geração na cultura do país. Ela não só reescreve a versão oficial da História (o relato em primeira pessoa do massacre do Carandiru, na letra de “Diário de um Detento”), como também leva à linha de frente das discussões todo um universo social que estava excluído do mapa (o plano aéreo dos bairros da periferia paulistana, aparentemente indistintos, mas que Mano Brown vai nomeando um a um, fazendo valer uma identidade até então ignorada). A urgência dos problemas de nosso tempo não dá chance à imaginação, como diz outro dos encapuzados. “A gente tem é que acontecer”.
Esse primado da ação se expressa no projeto social que Garnizé dirige a crianças carentes, e explode (injustificável) no acúmulo de mortes nas costas de Helinho, em nome de uma idéia confusa de justiça e senso de comunidade. O nó dessa equação se agiganta na experiência da juventude aburguesada de O Último Raio de Sol. Há um extrato dessa geração que não reverbera suas ações numa vontade coletiva, mas, ao contrário, está afundada no niilismo, na subjugação do outro (não apenas as “almas sebosas”, mas qualquer alma que cruze o caminho). Os protagonistas do curta-metragem de Bruno Torres representam incógnitas morais ainda mais devastadoras que os matadores do longa. Num mundo povoado de ícones e referências culturais espalhadas pelos meios de comunicação, do Steven Seagal citado por um encapuzado ao Che Guevara tatuado nas costas de Garnizé, O Rap do Pequeno Príncipe nos apresenta uma juventude que quer responder ao chamado da História criando para si uma iconografia própria, uma nova linguagem que consiga lidar com os novos tempos. Mas O Último Raio de Sol vem lembrar que também faz parte desse caldeirão a figura do super-homem intocável pela lei ou pela ética, e que, protegido pelo dinheiro, só consegue se relacionar com esses novos tempos através de velhos barbarismos.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Cine Lula

Jornal O Globo - Coluna do Ancelmo Gois - 19/05/2010.

"Dia 23 de junho, Lula lança o Cinema Perto de Você,que prevê , em quatro anos, a construção de 600 salas populares."

terça-feira, 18 de maio de 2010

Rap do Pequeno Príncipe e O Último Raio de Sol

O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas representou no ano 2000 uma bela conciliação do documentarismo tradicional brasileiro com novas formas de apreensão do real nascidas do music video e do documentário performático. Em comum entre o matador sem culpas e o baterista com consciência social, além da origem nas favelas de Recife, existe a necessidade de responder com algum tipo de vigor a um contexto de miséria e degradação das relações humanas. No centro da discussão, a lógica do justiçamento e uma pergunta que teima em não calar: somos o que nascemos ou aquilo em que nos tornamos? As mesmas questões ressurgem no curta ficcional O Último Raio de Sol, um conto catártico sobre o ócio e a arrogância de certa elite brasiliense.


Não percam,
no Cineclube Nosso Tempo dia 20/05/2010.

domingo, 16 de maio de 2010

Dia 20 de maio no Cineclube Nosso Tempo

Média: O Último raio de sol, de Bruno Torres (2004).
Duração: 22 min
Sinopse:Dois jovens de classe alta brasiliense viajam à Chapada dos Veadeiros e, no caminho, se divertem ameaçando e humilhando pessoas que pedem carona na estrada. Tratando de temas como impunidade, violência e preconceito, o filme fala de como uma atitude inconseqüente pode resultar num final inesperado. Livre adaptação de uma história verídica.

Longa: O Rap do Pequeno Príncipe contra as almas sebosas, de Marcelo Luna e Paulo Caldas. Com Helinho "Pequeno Príncipe", Garnizé, Zé Brown, Tiger, Massacre, Garnizé e Oni (Faces do Subúrbio) e Racionais MC Depoimentos : Hélio José Muniz Filho Alexandre Garnizé D. Maria João Veiga Filho - delegado Zé Brown, Tiger, Massacre, Garnizé e Oni - Faces do Subúrbio Annaclarice Almeida - repórter fotográfica Eduardo Trindade - advogado Josley Cardinot - radialista Paulo Roberto de Souza Vera Lúcia Alves de Souza Mano Brown - Racionais MCs William - Racionais MCs
Duração: 75 min
Sinopse: Dois personagens reais, Helinho e Garnizé, formam o eixo do documentário. Helinho, justiceiro, 21 anos, conhecido na comunidade como O Pequeno Príncipe, é acusado de matar 65 bandidos no município de Camaragibe (PE) e em bairros de subúrbio. Garnizé, músico, 26 anos, componente da banda de rap Faces do Subúrbio, militante político e líder comunitário em Camaragibe, usa a cultura para enfrentar a difícil sobrevivência na área. Dois jovens de uma mesma periferia, duas vidas cruzadas pelo mesmo tema: a violência urbana.

Endereço: Teatro Armando Gonzaga - AV. General Oswaldo Cordeiro de Faria, 511, Marechal Hermes. (Tel.: 2332-1040)

Horário: 19h30
Classificação Indicativa: 14 anos

Entrada Franca

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Dica de filme

Abolição da Escravatura, ocorrida em 13 de maio, é um fato histórico que foi amplamente abordado dentro do cinema nacional, desde os fatos que culminaram com a Abolição da Escravatura até as consequências deste ato. 

Sobre esse tema o Cineclube Nosso Tempo e a Programadora Brasil indicam o longa-metragem “Vida de Menina”, de Helena Solberg. O filme acompanha três anos (1893-1895) da vida da adolescente Helena em um momento crítico, quando começa a lutar para conquistar sua liberdade e integridade. Tendo como pano de fundo um Brasil que acaba de abolir a escravatura e proclamar a República, a jovem começa a escrever o seu diário, revelando seu universo e um país que adolesce junto com ela.


domingo, 9 de maio de 2010

Dia 13 de maio no Cineclube Noso Tempo

Curta: Passageiros, de Carlos Gerbase (1987). Duração 09 min.
Sinopse: Um assaltante típico. Um típico motorista de táxi. Um trajeto típico pela noite de Porto Alegre, da estação rodoviária até uma rua deserta. Mas, na hora do assalto, o motorista não reage como deveria. Enquanto isso, na TV, o ministro da justiça discursa contra a violência.


Longa: De passagem, de Ricardo Elias. Com Silvio Guindane, Fabio Nepô, Lohan Brandão, Glennys Rafael, Paulo Igor, Mariana Loureiro e Francisca Queiroz.  
Duração: 85 min.
Sinopse: De Passagem entrelaça dois momentos bem distintos e marcantes na vida de três jovens da periferia paulistana. Jeferson e Washington são irmãos e amigos de Kennedy desde crianças. Quando crescem Jeferson entra no colégio militar no Rio de Janeiro e Washigton e Kennedy entram para o tráfico de drogas. Após receber a notícia da morte de Washington, Jeferson volta a São Paulo e juntamente com Kennedy sai numa viagem pela cidade procurando o corpo de Washington. Nessa viagem Jeferson e Kennedy lembram um acontecimento importante do passado.

Endereço: Teatro Armando Gonzaga - AV. General Oswaldo Cordeiro de Faria, 511, Marechal Hermes. (Tel.: 2332-1040)


Horário: 19h30
Classificação Indicativa: 12 anos
Entrada Franca

terça-feira, 4 de maio de 2010

Nova ótica para temáticas recorrentes (Fernando Veríssimo)

"Se é possível eleger uma característica que melhor represente o conjunto da produção brasileira pós-retomada, a mais importante, sem dúvida, há de ser a renovação de temas e abordagens que acompanha o surgimento de novos realizadores. Ao partir em busca de materiais que fugissem do lugar-comum, os diretores estreantes deixaram sua marca na cinematografia nacional com uma verdadeira torrente de novas propostas.
À medida que o número de estreantes foi crescendo, um novo discurso-clichê que surgiu na retomada (a 'diversidade') foi sendo superado, de modo que deixou de ser um constrangimento para a nova geração voltar àqueles outros temas e lugares. Ressurgem as temáticas de viés social, tais como migração interna, violência urbana, miséria, alienação. No entanto, o que mais chama a atenção nesses filmes é o deslocamento da matriz discursiva, do geral para o específico: filtrados pela ótica dos jovens realizadores, esses temas são entrecortados por uma visão personalista, que se coloca à distância das cartilhas do cinema de gênero e de um certo modelo de cinema político.
Em tempos, pois, propícios à valorização de produções regionais representativas, Cafuné, que marca a estréia de Bruno Vianna na direção de longas-metragens após longa e bem-sucedida carreira como curta-metragista, surge como um raro filme legitimamente bairrista, mas no bom sentido, aquele que defende com entusiasmo os interesses da sua terra. Não é um filme sobre o Brasil, ou ainda um daqueles filmes que se pretendem 'universais'. O dado mais impressionante de Cafuné é sua carioquice, e, mais que isso, o olhar crítico que só um apaixonado pela cidade poderia expressar sem parecer fajuto.
O que vemos na tela é um Rio de Janeiro cinzento, labiríntico, opressor, que não oferece fuga a seus habitantes, imersos e perdidos nas ruas escuras e vazias, refugiados e enclausurados em seus carros e condomínios. Vianna constrói os espaços de seu filme sem a pressa típica de quem expõe uma tese e vai além, invertendo o sinal para centrar seu filme num discurso sobre aproximações, e não distanciamentos. Cafuné é, essencialmente, como revela seu título, um filme sobre o afeto.
Como o é, também, Mina de Fé - premiado curta-metragem incluído neste programa. É um filme sobre a perda da inocência, em que a realidade brutal chega, de forma súbita, para interromper o sonho da protagonista. Ali, onde a favela ganha contornos míticos, se desenrola um drama banal, igualmente conduzido com delicadeza e atenção à lógica implacável que rege o destino de suas personagens.
Uma imagem recorrente de Cafuné, a das montanhas enevoadas que servem de fundo à trágica história do casal de protagonistas, é insistentemente intercalada à narrativa, à guisa de pausa poética ou de guinada simbólica (algo que se revela com mais clareza na seqüência final). Essa imagem lúdica, de majestosa imutabilidade em constante transformação, liberta, ao mesmo tempo, cenário e personagens de seus destinos para inseri-los em território metafísico, exercício notável de um realizador que tem muito a oferecer ao cinema brasileiro."

domingo, 2 de maio de 2010

06 de Maio no Cineclube Nosso Tempo

Mina de fé, de Luciana Bezerra (2003) Duração: 15 minutos
Sinopse: A vida de uma jovem pode ser realmente difícil quando seu amor é o chefe do tráfico. Assim é Silvana.


Cafuné, de Bruno Vianna. Com Priscila Assum, Lúcio Andrey, Dilma Lóes, Carlo Mossy, Roberto Maya, Daniel Archângelo, Ana Kutner, Pedro Di Monteiro, Alice Gomes, Tessy Callado, Branca Messina, Thiaré Maya, Pierre dos Santos, Ricardo de Mello, Ângela, Luiz Carlos Ribeiro Seichas, Rena
Duração: 73 min
Sinopse: Ambientado no Rio de Janeiro, Cafuné conta a história do amor entre dois jovens de diferentes classes sociais. marquinhos, morador da Favela da Rocinha, conhece Débora, uma jovem da classe média alta. Quando a relação se torna séria, os dois se deparam com a vida adulta e precisam enfrentar todo o tipo de dificuldades para continuarem juntos.

Assista o clipe no youtube
http://www.youtube.com/watch?v=I56cPk-jEFM

Endereço: Teatro Armando Gonzaga - AV. General Oswaldo Cordeiro de Faria, 511, Marechal Hermes. (Tel.: 2332-1040)

Horário: 19h30
Classificação Indicativa: 16 anos
Entrada Franca

sábado, 1 de maio de 2010

Premiação MFL

Segue a premiação da MFL 2010 que aconteceu no Centro Cultural Banco do Brasil - Rio, e que teve filmes exibidos também no Cineclube Nosso Tempo. O Júri foi formado pelos cineastas José Sette, Camilo Cavalcante e Tetê Mattos. Foram R$96.000,00 em prêmios.

CATEGORIA FILME LIVRE, para filmes feitos sem recursos públicos.

Prêmio para ALGUÉM TEM QUE HONRAR ESTA DERROTA!, de Leonardo Esteves (RJ), "filme que melhor representa o espírito da mostra por sua linguagem inventiva, de desconstrução da narrativa e pelo caráter intrínseco e anárquico com referências ao cinema experimental".
Menção para FANTASMAS, de André Novais Oliveira (MG), "pela simplicidade da narrativa que surpreende pela sua originalidade".
Menção para MEU AMIGO CLÁUDIA, de Dácio Pinheiro (SP), "por mergulhar no universo de um personagem transgressor e emblemático".

CATEGORIA OFICINANDO, para filmes feitos em escolas e/ou oficinas audiovisuais.

Prêmio para SOBE, SOFIA, de André Mielnik (RJ), "pela delicadeza poética e pela direção segura e consciente do filme que se queria fazer".

CATEGORIA CARÍSSIMA LIBERDADE, para filmes feitos com apoio de recursos públicos.

Prêmio para PASSOS NO SILÊNCIO, de Guto Parente (CE), "pela densidade das imagens expressionistas ao transpor o universo de Goethe para o cinema".
Menção para "ARQUITETURA DO CORPO", de Marcos Pimentel (MG), "por construir através da poesia das imagens um painel de contrastes sociais".
Prêmio para MORRO DO CÉU, de Gustavo Spolidoro (RS), "pela intimidade do documentarista com o universo da juventude do interior do país".
Prêmio para PACIFIC, de Marcelo Pedroso (PE), "pela ousadia da narrativa construída a partir de imagens aleatórias que retratam uma visão singular da classe média brasileira".
Prêmio para "TERRAS", de Maya Da-Rin (RJ), "pelo painel humano de uma realidade de fronteira latino-americana retratada através da observação detalhada dos habitantes da região".
Menção para EU ME LEMBRO, de Edgard Navarro (BA), "pelo desnudamento pessoal do autor que se confunde com a história recente do país".

E o Troféu ALEATÓRIO, sorteado durante a premiação, foi para o filme VISTAMAR, de Pedro Diogenes, Rubia Mércia, Rodrigo Capistrani, Henrique Leão, Victor Furtado e Glaugeane Costa.